terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dessintonizada

Pois é, pois é. Depois de um longo recesso, é hora de voltar à vida adulta. Infelizmente.

Por mais que eu quisesse imitar a tia Eliana e escrever um texto metendo o pau no natal, não consegui encaixar na minha agitadíssima agenda de férias. Agitadíssima, claro, porque, com apenas 2 semanas de folga, é quase impossível arranjar tempo pra fazer tanta coisa quanto se gostaria.

Assim como também vou ficar devendo textos sobre reveillon e dias imediatamente anteriores, mesmo tendo coisas absurdas a contar. Até certas pessoas de saia eu vi. Mas, como não tirei fotos, ninguém vai acreditar.

Enfim. E hoje, um dia após o reinício da minha querida rotina - lembrem-se, virginianos amam rotina -, constatei que ainda não voltei muito bem ao normal. Meu ritmo e o ritmo do resto do mundo parecem não ter chegado a um acordo pacífico, e insistem em se digladiar o tempo todo. E, por fim, quando decidem ceder, o fazem ao mesmo tempo. Parece até coisa de desenho animado.

Porque, até a hora em que eu saí da Lapa para vir para o trabalho, era eu quem estava correndo demais. No melhor estilo "coelho de Alice", minha manhã inteira consistiu em correr para fazer as coisas e ter que ficar muito tempo esperando para poder terminar. Saí de casa 6h40; o ônibus só deu o ar da graça 7h20. Cheguei no médico - onde tinha consulta marcada para as 8h - 7h40; fui ser atendida 8h20. 

Isso tudo pra não falar na meia hora na porta do shopping Lapa esperando este abrir pra poder tomar café da manhã. Ou mais uns 15 minutos esperando a mocinha da banca de jornal voltar com meu troco. Ou chegar no trabalho da patroa 9h45 e ter que esperar por ela por cerca de 1h. Tudo bem, admito, essa espera eu estava psicologicamente preparada para suportar.

E o ônibus. Sempre os ônibus. Para concluir a parte "mim coelho-no-cio-depois-de-speed, você lesma-paralítica-em-câmera-lenta", cheguei na Lapa 12h30, certa de que daria tempo de chegar em casa, tomar banho com calma e vir para o trabalho fresca e saltitante. Era minha tentativa de fazer as pazes com o Tempo.

Que, claro, foi por água abaixo quando o velhinho sacana resolveu fazer com que meu ônibus levasse meia hora para aparecer. E se vingou correndo quando eu mais precisava que ele se arrastasse.

Cheguei em casa e ainda consegui a proeza de em 15 minutos tomar banho, me trocar, contar toda a epopéia temporal pro roommate, falar no telefone com a patroa, fazer cafuné nos gatos, arrumar a mochila e chegar ao trabalho a tempo. Eu em velocidade 0.5x, o tempo a 200km/h. Ainda assim, eu ganhei.

Chupa, Cronos!

2 comentários:

Aline Barbosa disse...

Rá! Se f**** o Cronos!
huahauahahauahaua

Mas tu foi incrível nesses 15 minutos, hein, guria?

Enfim... Entendo...
O tempo gosta de sacanear todos nós.
Demora séculos nos momentos chatos e quando nos divertimos, ele resolve se apressar.
Mas faz parte... Fazer o que?

E a crônica da tia Eliana! Ri horrores!
huahauahau

E ah... Não se esqueça do aluno emo! xD

Bjo!
\o7

Tássia Pellegrini disse...

o tempo é um filho da puta.

e seu texto é perfeito!


>> eu, de saia? quando? =x