sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Canção da Discórdia

Bem que eu queria poder postar a letra de uma bela canção de amor aqui hoje. Mas, como não cheguei a tomar parte do processo criativo propriamente dito, receio que não seja direito meu postar aqui qualquer coisa que tenha relação com tal obra de arte.

Gostaria de deixar bem claro que não foi por falta de vontade que não mereci ter minha assinatura junto à da outra autora da canção. É que não me pareceu certo me intrometer no talento astronômico de terceiros. Afinal, sou uma reles aprendiz; é injusto esperar que grandes escritoras desacelerem seu raciocínio apenas para me dar a oportunidade de acompanhar as idéias. Tola que sou, me atrevi a acreditar que seria necessário discutir para chegar a conclusões óbvias, como "dor rima com amor", "saudade rima com vontade", entre outros chavões tão exaustivamente repetidos do cancioneiro romântico popular brasileiro. Até mesmo ousei crer que minha opinião poderia ser de alguma valia.

Felizmente soube manter minha humildade e parei de insistir. Afinal, ainda estou muito longe de poder me considerar uma boa escritora: a estrada ainda é muito longa, mal comecei e ainda tenho muito o que aprender. Seria óbvio esperar que escritoras de tão grande talento e carreiras tão longas não precisassem de minha ajuda. Eu apenas ensombrearia o brilho que não me pertence, nem nunca pertencerá.

É preciso conhecer seu lugar, afinal.

De toda sorte, aproveito ainda para me prontificar a engolir meu aparentemente enorme ego e compor, em dupla com alguma outra pessoa, essa tal canção apaixonada. Mas, por favor, designem-me um parceiro de nível similar ao meu. Porque não sei se aguento a emoção de novamente compor junto a alguém de incomensurável talento e incomparável humildade.

[/ironia]

2 comentários:

Jan Góes disse...

desabafos e pedidos...é um sinal da esperada humildade e do provável talento
Parabéns.

Rômulo disse...

Exato, seja humilde Dee heauehuae